Relação entre qualidade de vida, coping e percepção da dor em adultos com fibromialgia .
Palavras-chave:
Fibromialgia, Qualidade de Vida, Estratégias de Enfrentamento, Percepção de dor, Saúde mentalResumo
Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o nível de dor, a qualidade de vida, as estratégias de coping e tratamentos buscados pelos pacientes diagnosticados com fibromialgia (FM). Foi realizado um estudo quantitativo transversal com 81 adultos (M = 46,01; DP = 9,72), sendo 80 mulheres, previamente diagnosticados com FM. Foram aplicados questionário de dados sociodemográficos; Questionário de Dor de McGill – Versão curta; Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida (WHOQOL-bref); Questionário Revisado Sobre o Impacto da Fibromialgia (FIQR-BR); COPE Breve e Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). Quanto ao nível de dor a palavra com maior destaque foi cansativa-exaustiva, seguida de dolorida, com um alto índice (M = 29,2; DP = 10,2). O WHOQOL-bref indicou o domínio psicológico percebido com melhor qualidade e a maioria dos participantes avaliou sua qualidade de vida como nem ruim, nem boa (32,1%), além de insatisfação com sua saúde (44,4%). A maioria apontou sintomas graves/severos da FM que impactam na qualidade de vida, com pontuação do FIQR-BR acima de 70 pontos (66,7%). Constatou-se, com o COPE Breve, que a estratégia de coping mais utilizada é a religião, enquanto o EMEP mostrou que a estratégia de enfrentamento mais utilizada é focada na emoção. O uso de medicamentos foi apontado como tratamento com melhores e piores resultados. Concluiu-se que a FM impacta negativamente na qualidade de vida, não existindo um único tratamento ou estratégia de controle recomendada, sendo indicada uma abordagem multiprofissional.