. Criação de Escalas Quantitativas para Estudos de Eventos Mentais: Uma Revisão da Lei do Julgamento Comparativo.

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Autores

  • Carlo Martins Gaddi Instituto de Psicologia USP
  • Marcelo Fernandes da Costa

Palavras-chave:

Lei do Julgamento Comparativo, Procedimento de Ranqueamento, escala intervalar, medidas quantitativas, psicofísica

Resumo

Louis Leon Thurstone (1887-1955), interessado em medidas da mente da qual não havia um estímulo físico de comparação, como escalas de preferência e opinião, criou uma equação conhecida como Lei do Julgamento Comparativo. O modelo de escala psicológica assim proposto foi o de considerar, como parte integrante da medida, a flutuação dos julgamentos ao longo das sucessivas exposições, uma vez que não se sabe seu grau de variação. Sua equação se tornou uma poderosa ferramenta para criação de escalas intervalares para quantificar os mais diversos atributos psicológicos. Embora o método não seja novidade, diversos atributos mentais, estudos sociais e comportamentais são normalmente estudados por abordagens qualitativas, através de escalas ordinais e nominais, e que não possuem poder estatístico para a realização de uma investigação verdadeiramente quantitativa. Também será revisado o Método do Ranqueamento (Thurstone, 1931b), que traz facilidades procedimentais, permitindo aplicar a equação do julgamento comparativo em um simples procedimento de ranqueamento/ ordenamento, trazendo vantagens para estudar maiores grupos populacionais e em condições de poucos recursos experimentais, como ocorre em muitas condições de estudos comparando estímulos sociais ou de qualidade estética.

A expectativa é de que essa revisão seja útil como fonte de referência para facilitar e encorajar a criação de escalas quantitativas nas mais diversas áreas do comportamento e experiência humana.

Publicado

2024-09-22

Como Citar

Martins Gaddi, C., & Fernandes da Costa, M. (2024). . Criação de Escalas Quantitativas para Estudos de Eventos Mentais: Uma Revisão da Lei do Julgamento Comparativo.: . Cadernos De Psicologia, 4(2), 17. Recuperado de https://cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/230