Por que, Quando e Como Realizar uma Avaliação Multiaxial, Biopsicossocial ou Neuropsicológica do Paciente com Dor?

Autores

  • Jamir Sardá Jr. Universidade do Vale do Itajaí
  • Roberto Moraes Cruz
  • Sueli Bobato
  • Dirce Maria Navas Perissinotti

Palavras-chave:

Dor; Modelo biopsicossocial; Avaliação biopsicossocial; avaliação psicológica.

Resumo

O presente artigo pretende discorrer sobre alguns aspectos teóricos que subsidiam a compreensão biopsicossocial da dor, fundamentando a realização de um diagnóstico que considerem a multidimensionalidade do fenômeno dor. Estas considerações serão tecidas a partir de uma revisão narrativa de alguns conceitos centrais referentes à multidimensionalidade da dor, dos aspectos a serem acessados numa avaliação multiaxial e de uma reflexão sobre os métodos a serem utilizados neste processo, descrevendo as indicações para uma avaliação biopsicossocial e estabelecendo os objetivos da avaliação biopsicossocial com ênfase na abordagem de diferentes profissionais. Esta reflexão teórica é fundamentada em alguns artigos científicos e capítulos de referência na área, sem a pretensão de esgotar toda a literatura. Os resultados oriundos desta discussão sugerem que todos os profissionais que atendam pacientes com dor, independente de sua área de atuação devem considerar as dimensões biológica, comportamental, cognitiva e afetiva da experiência dolorosa, devendo utilizar uma anamnese que investigue estes aspectos, bem como escalas/inventários que facilitem o rastreio de elementos importantes para a compreensão deste fenômeno. A presente revisão teórica também sugere que seja dada uma devolutiva mais estruturada ao paciente com dor crônica sobre a multidimensionalidade de fatores que podem contribuir para o desenvolvimento ou manutenção da dor crônica.

 

Publicado

2024-10-19

Como Citar

Sardá Jr., J., Moraes Cruz, R., Bobato, S. ., & Perissinotti, D. M. N. (2024). Por que, Quando e Como Realizar uma Avaliação Multiaxial, Biopsicossocial ou Neuropsicológica do Paciente com Dor?. Cadernos De Psicologia, 4(3), 19. Recuperado de https://cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/265