Devemos Falar sobre o Nojo: Uma Revisão Narrativa

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Autores

Palavras-chave:

Nojo; Disposição ao Nojo; Sensibilidade ao Nojo; Nojo Moral; Nojo de Si.

Resumo

O nojo foi quase completamente ignorado até meados dos anos 1990, visto que até então não havia nenhum artigo publicado especificamente sobre esta emoção básica. O objetivo deste artigo foi revisar criticamente a literatura sobre o conceito e a expressão do nojo, assim como suas aplicações. O nojo foi contextualizado como uma emoção de relevância evolutiva, biológica e social por possibilitar a evitação de contaminação por patógenos, apresentando-se como um dos mecanismos mais importantes para o ser humano à medida que auxilia na prevenção de doenças, quanto pela função social do nojo moral. A disposição ao nojo e seus componentes de propensão, sensibilidade e reatividade podem estar associadas a transtornos mentais, contextos sociais e autopercepção. Os tratamentos para os transtornos mentais associados ao nojo não apresentam protocolos específicos para a emoção nojo. Até o momento, existem apenas adaptações de protocolos utilizados para medo, como a terapia de exposição. Dada a importância do nojo e a presença dessa emoção em tantos contextos, é uma necessidade abordar diretamente esta emoção e suas interfaces na psicologia. 

Biografia do Autor

Gabriela de Freitas Rodrigues, UFRGS

Gabriela Rodrigues, Psicóloga (UFRGS) e mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRGS . 

Guilherme Rodrigues Moritz, Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (CEFI)

Guilherme Rodrigues Moritz, psicólogo, mestre pelo programa de pós-graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento do Departamento de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Supervisor Clínico e Coordenador do núcleo de terapia sistêmica do Centro de Estudos da Família e Individuo (CEFI).

Lisiane Bizarro , Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Lisiane Bizarro, professora titular do Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia, Serviço Social Saúde e Comunicação Humana da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora do CNPq e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRGS.

Publicado

2024-12-19

Como Citar

Rodrigues, G. . de F., Moritz, G. R., & Bizarro , L. (2024). Devemos Falar sobre o Nojo: Uma Revisão Narrativa : . Cadernos De Psicologia, 5(1), 18. Recuperado de https://cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/221

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