É possível falar em paradigmas da psicologia social para a América Latina?
Palabras clave:
literatura, psicologia socialResumen
A partir do tema do Colóqio Internacional de Psicologia "Paradigmas da Psicologia Social para a Amperica Latina" desenvolvido em Belo Horizonte, MG, em 1997, no decorrer da reunião da Associação Brasileira de Psicologia Social e do GT "Psicologia Comunitária" do VII Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio Científico da ANPEPP, ocorrido em 1998, em Gramado, RS, o autor visa a discutir quais seriam tais paradigmas. Que novos paradigmas revolucionários estariam se articulando em contraposição ao paradigma normal? Como pensar tais paradigmas enquanto produções geograficamente circunscritas? Como pensar a relação destes discursos psicossociais latino-americanos com outros discursos não latino-americanos e não especificamente psicosociais? Que modelo de ciência pretendemos nas investigações de campo características da psicologia social latino-americana, mormente nos trabalhos de psicologia comunitária? A partir de referências filosóficos pragmáticos torna-se possível desmontar algumas dicotomias essencialistas que permeiam as intervenções latino-americanas contemporâneas na psicologia comunitária, que contrapõem o universal ao particular, o objetivo ao subjetivo, o teórico ao prático, o distante ao próximo, o global ao local, o básico ao aplicado, sustentando que efetivamente haveria paradigmas latino-americanos na psicologia social e comunitária, mas que tratar-se-ia de ultrapassá-los a partir de práticas ético-políticas democráticas, em nível acadêmico e científico, que transformariam consideravelmente a concepção de intervenção psicossocial num contexto determinado.