Altos níveis de ansiedade na pandemia podem encobrir efeitos do ensino remoto emergencial: Ensino remoto emergencial na pandemia
Resumo
Desde 2020, em função da pandemia da COVID-19, muitas estratégias de ensino foram implementadas. Ainda há uma incerteza dos possíveis impactos dessas estratégias em características de saúde mental, especialmente nos aspectos de ansiedade. Neste trabalho, objetivou-se identificar o relacionamento entre três tipos de ensino (híbrido, apenas online e presencial que migrou para online) em características de saúde mental com o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), bem como pelo Inventário de Burnout de Maslach (MBI), com adequação dos itens para levantamento de dados de níveis de exaustão e comprometimento físico. Uma amostra foi formada por 563 estudantes universitários, sendo 33,6% homens, 65,9% mulheres e 0,5% outros, jovens (18 e 26 anos), de instituições públicas (12,3%) e privadas (87,4%). Os resultados indicaram que a ansiedade desses participantes se mostrou mais elevada que o esperado (M = 19,61, DP = 13,96), bastante superior à esperada pela tabela normativa (10 ou inferior). Não houve uma diferença significativa nessas características de saúde mental em função do tipo de ensino, sugerindo que os altos níveis de ansiedade podem estar encobrindo o efeito do tipo de ensino. Discussões foram realizadas, especialmente relacionando os níveis de ansiedade decorrentes da COVID-19.
Palavras-chave: Saúde mental; Ensino remoto; Pandemia, COVID-19, Psicologia